Mar tender

Um amigo tinha a experiência louca de mergulhar na poesia como afunda no oceano. Dizia ele que as palavras tinham fluido, tinham movimento no papel/coração. Enxergo a imagem de uma mão entrando no meu peito, encontrando espaço pela carne apodrecida e doente. A mão é a minha, o espaço é gélido e atraente. Não há dor, não há sangue, há frio e vazio como a boca de uma serpente esperando o desjejum mensal. Respiro fundo meu cigarro.
Respiro e piro. Piromaníaco dentro de mim.

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